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O jesus do carnaval é falso!

Coloquei o “jesus” do título em minúsculo mesmo porque esse que foi retratado nos desfiles está longe do Jesus que seguimos.

Coloquei o “jesus” do título em minúsculo mesmo porque esse que foi retratado nos desfiles está longe do Jesus que seguimos. Segue abaixo uma reflexão do Pr. Júlio César sobre o assunto.

O Jesus verdadeiro não nasceu na favela. A periferia faz parte do sistema, Ele nasceu fora dele, fora dos muros de Belém, num estábulo no meio do nada. Todas as metáforas de Cristo vem da cultura campestre: sementes, trigo, lírios do campo… Se ele viesse hoje nasceria em algum rincão rural.

A sua obra não se resume a um apelo social. Ele não veio implantar ou promover uma ideologia mas um Reino. Ele não era um libertador político, mas foi reconhecido por João Batista como “O CORDEIRO QUE TIRA O PECADO DO MUNDO!

Ele não foi crucificado por defender as minorias, ele se entregou para pagar pelos pecados da humanidade, e isso inclui a todos.
O evangelho do Reino não é uma resposta à pobreza. Ele é uma resposta ao pecado. Jesus mesmo disse que veio redimir e justificar quem nEle crer, promovendo a reconciliação com Deus. A sua mensagem não é política. Não é de justiça social. Não é econômica. Não é de direitos de gênero. A mensagem de Jesus é que: “Todos somos pecadores, mas Ele veio para chamar-nos ao arrependimento”.

Ele não foi morto por pregar “igualdade” nem “justiça social” mas pregando arrependimento de pecados e para tomar sobre si a justa punição divina que deveria recair sobre o ser humano, para consumar a obra de salvação ordenada por Deus. A multidão que ele alimentou e que escolheu Barrabás é a mesma que hoje tenta o enquadrar na sua ideologia. Jesus não é uma mulher, não é um índio, tão pouco LGBT. A cor dele não importa, sei que o Seu coração e amor é para todos, negros, mulheres, índios e LGBTs! Mas nem todos o aceitam como ele é, O filho de Deus.

Não, ele não é o jesus da Mangueira que só prega “dê comida aos pobres” mas não prega arrependimento aos pobres, mudança de mente, mudança de vida. O jesus da avenida é bonitinho e emociona, mas não traz arrependimento. Jesus pregava o amor, mas também dizia: “vós tendes por pai ao diabo e quereis satisfazer os desejos dele” (Jo 8.44).

Jesus não é o Jesus da teologia da prosperidade e muito menos o da narrativa ideológica. Jesus não é só o Jesus do amor, Ele é o Jesus da espada. “Não penseis que vim trazer paz à terra; não vim trazer paz, mas espada.” (Mt 10:34).

Autor: Pr. Julio César

Por Emerson Dutra

Esposo, músico, compositor católico e baixista da banda Voz Eterna.